O livro
Fim-do-Mundo, o espaço onde habitam os protagonistas deste delicioso romance de Lilia Guerra, é uma espécie de Macondo periférica: encapsula todas as dores (muitas) e as delícias (igualmente vastas) dos habitantes que levam horas dentro de ônibus apinhados para chegar ao serviço todos os dias. Um lugar onde meninos morrem cedo nas mãos da polícia ou nas guerras do tráfico. Onde paus-d’água, sentados em cadeiras de plástico, são os comentaristas da vida do bairro. Um espaço pulsante, mas muitas vezes relegado às notícias eivadas de preconceito social e de classe. A escrita de Lilia Guerra nos mostra justamente o lado de dentro dessa história, com grande engenho narrativo.
O livro
Fim-do-Mundo, o espaço onde habitam os protagonistas deste delicioso romance de Lilia Guerra, é uma espécie de Macondo periférica: encapsula todas as dores (muitas) e as delícias (igualmente vastas) dos habitantes que levam horas dentro de ônibus apinhados para chegar ao serviço todos os dias. Um lugar onde meninos morrem cedo nas mãos da polícia ou nas guerras do tráfico. Onde paus-d’água, sentados em cadeiras de plástico, são os comentaristas da vida do bairro. Um espaço pulsante, mas muitas vezes relegado às notícias eivadas de preconceito social e de classe. A escrita de Lilia Guerra nos mostra justamente o lado de dentro dessa história, com grande engenho narrativo.