O vendido,

Paul Beatty

Cômico e desabusado, o romance de Paul Beatty desafia tabus com coragem e alta voltagem literária

O livro

Nascido em Dickens, no subúrbio de Los Angeles, Eu, o narrador de O VENDIDO, passou a maior parte da juventude como cobaia para estudos raciais realizados por seu pai, um polêmico sociólogo. Quando o pai é morto em um tiroteio com a polícia e Dickens desaparece do mapa da Califórnia por motivos políticos e econômicos, Eu se junta a Hominy Jenkins, o mais famoso morador local e o último ator vivo da série “Os Batutinhas”, para tentar salvar a cidade através de um controverso experimento social: reinstaurar a segregação racial em Dickens, marginalizando brancos e negros em um plano que o levará a ser julgado pela Suprema Corte dos Estado Unidos.

Por que publicamos

É um romance urgente, que aborda com humor corrosivo questões de raça e identidade que estão na ordem do dia, e nos força a enxergar de forma crua a sociedade em que vivemos. Vencedor do Man Booker Prize 2016.

O autor

Paul Beatty é uma das grandes novas vozes da ficção norte-americana. Nasceu em Los Angeles, em 1962. Além de O VENDIDO, é o autor dos romances SLUMBERLAND, TUFF e THE WHITE BOY SHUFFLE. Atualmente mora em Nova York onde dá aulas na Columbia University.

trecho

Trecho do livro

Pode ser difícil de acreditar vindo de um negro, mas eu nunca roubei nada. Nunca soneguei impostos nem trapaceei no baralho. Nunca entrei no cinema sem pagar nem fiquei com o troco a mais dado por um caixa de farmácia indiferente às regras do mercantilismo e às expectativas do salário mínimo. Não assaltei uma casa. Não roubei nenhuma loja de bebidas. Nunca entrei num ônibus ou num vagão de metrô lotado, sentei no lugar reservado para idosos, tirei meu pênis gigante da calça e me masturbei até gozar com um olhar pervertido, ainda que um pouco abatido. E, no entanto, aqui estou eu, nas cavernosas instalações da Suprema [leia mais]

GÊNERO Ficção
TRADUÇÃO Rogério Galindo
CAPA Pedro Inoue
FORMATO 13,5 x 20,8 x 2,5 cm
PÁGINAS 320 PESO 0,373 kg
ISBN 9788593828027
ANO DE LANÇAMENTO 2017

O que estão falando sobre o livro

“As primeiras cem páginas são as mais cáusticas e fortes que li em um romance americano em pelo menos dez anos.”
Dwight Garner, The New York Times

“Uma obra-prima do humor e, além isso, uma das reflexões mais inteligentes e honestas sobre raça e identidade nos Estados Unidos em muito, muito tempo.”
Michael Schaub, NPR.org

“Chocante, hilário e profundo.”
Simon Schama

“Existem várias formas de discutir o racismo. O humor abusado, audacioso e malcriado é uma delas.”
Helio de la Peña, Quatro Cinco Um

“Bastante pessoal para funcionar literariamente e bastante realista para funcionar como crítica social. Tal qual Chacrinha (e também Will Self e Michel Houellebecq), Beatty talvez não esteja aqui para explicar e sim para confundir.”
Arthur Dapieve, Quatro Cinco Um

“A prosa ágil de Beatty, em que cada frase é carregada de citações, alusões, referências a fatos históricos, clássicos literários ou itens obscuros da cultura pop, torna esse enredo doidivanas ainda mais explosivo e, sobretudo, cômico.”
Jerônimo Teixeira, Veja

“Há um sorrisinho endiabrado em cada página e o leitor vai rir, às vezes por diversão, outras de nervoso.”
Maurício Meireles, Ilustrada

“O romance de Beatty desafia o leitor a encarar o outro que se manifesta apesar das representações que tentam dar conta dele (e que, nesse sentido, tem a ver com o real, com o imprevisível, com o inadequado e também com a morte).”
Bernardo Carvalho, Folha de S. Paulo

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