Também os brancos sabem dançar,

Kalaf Epalanga

Um romance musical

O livro

Um músico e escritor angolano chega à fronteira entre Suécia e Noruega com sua banda para se apresentar em Oslo. Sem um passaporte válido, vivendo num limbo entre as cidadanias angolana e portuguesa desde que escapou da guerra em seu país para poder tocar a vida em Lisboa, ele é detido por tentativa de imigração ilegal e conduzido à delegacia para averiguação. Aflito com sua situação e ansioso para conseguir chegar ao concerto, se pergunta: como explicar que ele é apenas um pacato artista angolano? Esse é o mote do romance de Kalaf Epalanga, uma viagem colorida e repleta de memórias pessoais, musicais e literárias em torno da África, Europa e até mesmo do Brasil.

Por que publicamos

Um romance que transpira música – e igualmente uma das mais vigorosas reflexões contemporâneas sobre identidade.

O autor

Kalaf Epalanga nasceu em Benguela, Angola, em 1978. É membro da banda Buraka Som Sistema, foi cronista do Público e escreve para a GQ Portugal. Atualmente vive entre Lisboa e Berlim. Este é seu primeiro romance.

trecho

Trecho do livro

Jean-Claude Van Damme foi a epifania. Numa das cenas do filme Kickboxer, um dos filme de porrada que mais debate gerou na Benguela da minha meninice, tornando-se um dos favoritos da minha geração, o ator belga, o próprio rei da espargata, dança embriagado ao som do tema “Feeling So Good Today”, de Beau Williams, acompanhado por duas tailandesas. A icónica cena de Van Damme a dançar de forma desengonçada e sem ginga, movendo o corpo sem mexer o quadril, que parecia preso — ou duro —, acendeu uma luz qualquer em Tony Amado, nosso Joseph Smith Jr., que, usando o molde rítmico dessa coisa eletrónica a que chamávamos batida, saltou ins [leia mais]

GÊNERO Ficção estrangeira
CAPA Pedro Inoue
FORMATO 14x21x1,9 cm
PÁGINAS 304 PESO 0,390 kg
ISBN 978-85-93828-72-0
ANO DE LANÇAMENTO 2018

O que estão falando sobre o livro

“Kalaf Epalanga e o Buraka Som Sistema eram exatamente como eu, filhos de refugiados ou imigrantes. Criamos uma cena e um meio de vida que pôs no mesmo nível o produtor pop ocidental e a moçada da periferia, dando uma nova cara aos guetos do Terceiro Mundo”
M.I.A


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