[N.A.] Giovana Madalosso e Juan Narowé compartilham aqui seus diários da quarentena

Por Equipe Todavia

 

Seguimos com a nossa programação do [N.A.]* —  seção na qual escritoras e escritores, designers gráficos, ilustradoras e ilustradores, tradutoras e tradutores compartilham, no nosso site, o que eles desejam sobre o período de isolamento.

*Emprestamos a abreviação “nota do autor” porque são essas autoras e esses autores que, por meio de suas criações, nos ajudam a construir a editora, diariamente. Todas as terças e sábados, você verá no nosso site o que nossa turma escolheu compartilhar.

#VamosVirarEssaPágina

 

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Giovana Madalosso é autora de TUDO PODE SER ROUBADO e criou uma playlist para atenuar o isolamento social: 

 

 

Giovana Madalosso nasceu em Curitiba, em 1975, e vive em São Paulo. É formada em Jornalismo pela UFPR. Durante quinze anos, trabalhou como redatora publicitária. Hoje escreve também roteiros para TV. É autora de TUDO PODE SER ROUBADO.

 

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Juan Narowé é ilustrador, designer gráfico e colaborador da Todavia. Compartilha aqui alguns desenhos*, pensamentos e uma lista de filmes:

 

Já estou acostumado com a solidão, arriscaria dizer. Mas minha quarentena não é solitária.

 

 

“Arnau, Violeta. Se eu pudesse filmá-la, eu a perseguia com a câmera e a fotografia seria guiada pelo seu corpo percorrendo a cozinha e a sala. Mas não filmo, nem desenho. Mas posso fazê-lo. O som e o texto, mas também o tempo, o calor, os objetos, a harmonia, as personalidades.”

 

 

Eu estou deitado ou sentado. Ligo para o meu pai, como faço quase sempre, sempre que preciso. Falamos sobre Kierkegaard. Fico feliz, porque são leituras que alimentam a alma, fazem bem. Kierkegaard, que era reflexão dos pés à cabeça:

‘Arriscar-se é perder o equilíbrio por um tempo, mas não arriscar-se é perder-se a si mesmo para sempre.’”

 

 

Sim, eu também acho, Bela. A palavra humanismo não significa nada. Cada pessoa é única. Os dias não são iguais. Cada dia é diferente e a cada dia somos mais fracos.” 

Lista de filmes:

Intendente Sansho (1954), de Kenji Mizoguchi.
A Ponte das Artes (2004), de Eugène Green.
A Sala de Música (1958), de Satyajit Ray.
Aconteceu no Oeste (1968), de Sergio Leone.
Retrato de Uma Jovem em Chamas (2019), de Céline Sciamma.
Satantango (1994), de Béla Tarr.
A Casa (1997), de Šarūnas Bartas.
Underground (1996), de Emir Kusturica.
Arrebato (1979), de Ivan Zulueta.
Jeanne Dielman (1975), de Chantal Akerman.
A Noite (1961), de Michelangelo Antonioni.
Canino (2009), de Yorgos Lanthimos.
Norte, O Fim Da História (2013), de Lav Diaz.
O Som ao Redor (2012), de Kleber Mendonça Filho.
Exploda Minha Cidade (1968), de Chantal Akerman.
A Ilha Nua (1960), de Kaneto Shindô.
O Homem Que Veio de Longe (1968), de Joseph Losey.
O Anjo Exterminador (1962), de Luis Buñuel.

 

*desenhos publicados originalmente no Gaffa Zine

 

Juan Narowé é ilustrador e designer. É autor das capas dos livros de Hermann Hesse na Todavia, KNULP, PETER CAMENZIND e ROSSHALDE — os dois últimos, ainda a serem lançados.


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