Prisões: Espelhos de nós,

Juliana Borges

Um ensaio veemente sobre a tragédia do sistema carcerário no Brasil

O livro

A incidência de Covid-19 em presídios é cinco vezes maior do que fora deles. Juliana Borges situa o impacto da pandemia na moldura mais ampla da política de encarceramento no país. O Brasil é o terceiro no ranking de nações que mais encarceram no mundo. Muitas prisões, contudo, são desnecessárias. O livro acrescenta a esse cenário desolador o problema estrutural do racismo. Os negros constituem o ponto de ligação entre a maioria de presos, a maioria de assassinados e a maioria de mortos pela Covid-19. Este ensaio mostra, de forma enfática, como isso não é uma coincidência, mas parte de uma política de Estado executada todos os dias no país.

Por que publicamos

Criada e produzida durante a pandemia de Covid-19, a COLEÇÃO 2020 — ENSAIOS SOBRE A PANDEMIA reúne autores e autoras que se dedicaram a refletir e a provocar o pensamento em livros breves, atuais e contundentes.

A autora

Juliana Borges é consultora do Núcleo de Enfrentamento, Monitoramento e Memória de Combate à Violência da OAB-SP. É autora de ENCARCERAMENTO EM MASSA (2019).

trecho

Trecho do livro

O silêncio pode ser compreendido e vivenciado de diversas maneiras. Há os que consideram o silêncio como um processo que abre a possibilidade de reflexão e, com isso, de prospectar saídas diante de dilemas ou mesmo de encontro interior. Há a dimensão do silêncio que é consentimento, abrindo-se duas chaves: um consentimento construído em processo e outro imposto. Mas considero que há, ainda, outra dimensão: a do silêncio como negação contínua diante do que nos assusta, porque pode falar muito sobre nós mesmos. […] O sistema colonial era baseado no sadismo como política, na dominação e na brutalidade. Mas nada disso ficou no passado. [leia mais]

GÊNERO Não ficção brasileira
CAPA Todavia
FORMATO 13,5 x 20,5 x 0,3 cm
PÁGINAS 56 PESO 0,090 kg
ISBN 978-65-5692-040-5
ANO DE LANÇAMENTO 2020
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