Morte na floresta,

Aparecida Vilaça

Um ensaio seminal sobre o contágio dos povos indígenas no Brasil

O livro

Em maio de 2020, a Covid-19 já havia chegado às aldeias de mais de setenta povos indígenas de diferentes partes do Brasil. Pela primeira vez em cinco séculos, nós, os invasores de seus territórios, experimentamos os mesmos sintomas, o desespero e a fragilidade diante de uma doença desconhecida. Invadidos e desprotegidos, os indígenas sofrem as consequências tanto do desmonte do sistema de saúde público, como do projeto de extermínio das culturas indígenas. As vítimas preferenciais, os mais velhos, são os guardiães da memória ancestral. Essas mortes equivalem a incêndios em nossas bibliotecas, com a diferença de que os livros não poderão ser repostos.

Por que publicamos

Criada e produzida durante a pandemia de Covid-19, a COLEÇÃO 2020 — ENSAIOS SOBRE A PANDEMIA reúne autores e autoras que se dedicaram a refletir e a provocar o pensamento em livros breves, atuais e contundentes.

A autora

Aparecida Vilaça é antropóloga e professora no Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro. É autora, entre outros, de PALETÓ E EU (Todavia, 2018).

trecho

Trecho do livro

Pela primeira vez em cinco séculos repletos de surtos epidêmicos decorrentes de vírus, bactérias e protozoários exógenos levados aos povos indígenas, nós, os invasores de seus territórios originários, experimentamos simultaneamente os mesmos sintomas, desespero e fragilidade diante de uma doença desconhecida, para a qual não temos anticorpos ou remédios. Nesse sentido, “somos todos indígenas”, como disse recentemente o antropólogo Bruce Albert, pois sentimos na pele o sofrimento que impusemos a eles. O projeto de extermínio das culturas indígenas, proposto e executado pela equipe que rege o Brasil desde janeiro de 2019, volta-se ag [leia mais]

GÊNERO Não ficção brasileira
CAPA Editora Todavia
PÁGINAS 56 PESO 0,075 kg
ISBN 978-65-5692-028-3
ANO DE LANÇAMENTO 2020
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