“Um artista plástico das vivências cotidianas da Rocinha, uma espécie de Goeldi do dia a dia de um Rio de Janeiro açoitado pela pandemia.”
Rodrigo Fonseca, O ESTADO DE S.PAULO
Trecho do livro
Fechei a conta em pé mesmo, pegando num estalo a mochila com os equipamentos e o meu tripé, que tanto medo me traz todas as manhãs quando chego no morro. O tripé está dentro de uma proteção, e quando apoiado no ombro, chega a dar a impressão de que é um fuzil. Sempre tento tomar cuidado por onde vou passar e se não é muito escuro, afinal de contas não posso lidar com a subjetividade do outro e a da polícia, que sempre confunde objetos com armas. Já tivemos casos de furadeira, guarda-chuva, até uma esquadria! É melhor prevenir sempre do que remediar, certo?