“Para a maioria de nós que não teve a sorte de viver o Maio de 68 francês, este livro oferece uma saída – embarcar na experiência deslumbrante daqueles dias na carona de um elenco glorioso (Godard, Deleuze, Jean-Pierre Léaud, Chris Marker...).”
João Moreira Salles
Trecho do livro
Tínhamos nos mudado, algumas semanas antes, para o número 17 da rue Saint-Jacques, no Quinto Arrondissement. Desde a adolescência eu sonhava em morar no Quartier Latin, e aquele apartamento me parecia ter a localização ideal, perto da Sorbonne, do boulevard Saint-Michel e do Sena. Jean-Luc não dava muita importância ao lugar onde vivíamos, gostava do apartamento no número 15 da rue de Miromesnil, que ele alugava e servira de cenário para A chinesa. Mas por que não um outro? Quando eu acrescentara que “Além disso, estou de saco cheio da proximidade com a place Beauvau, de saco cheio do Élysée e de todos esses policiais”, ele responde [leia mais]