O pai da menina morta,

Tiago Ferro

Comovente e aterrador

O livro

Fragmentário, composto por seções que formam uma espécie de estrutura caleidoscópica do luto, O PAI DA MENINA MORTA é uma ficção sobre os reflexos da morte de uma menina de 8 anos na vida do pai. Gestado a partir de uma tragédia experimentada pelo autor em 2016, o livro não se restringe ao inventário doloroso dessa perda indizível, mas amplia o campo da escrita do luto a partir do manejo consciente e irônico de temas como autoimagem, sexualidade, humor, confissão, memória e fabulação. A morte da menina, aqui, é como a refundação do mundo para o protagonista. A partir do enterro ele sempre será visto como "o pai da menina morta".

Por que publicamos

Estreia de uma das mais novas e marcantes vozes da literatura brasileira.

O autor

Tiago Ferro nasceu em São Paulo em 1976. Escritor e editor, é um dos fundadores da e-galáxia e da revista Peixe-Elétrico. Escreve ensaios sobre cultura para Piauí, Cult e Suplemento Pernambuco. O pai da menina morta é seu primeiro romance.

trecho

Trecho do livro

Nessa hora o Pai da Menina Morta ainda era apenas o Cara de Vinte e Poucos Anos. É uma memória que ele irá reconstruir ininterruptamente pelo resto da vida. Would you know my name? Quanto tempo o menino ficou na beirada da janela? Com qual mão ele abriu o vidro? O vento bagunçou os cabelos finos e loiros? Quanto tempo de queda livre? Ele perdeu o fôlego? Sentiu dor? Medo? Pensou no pai? O Clapton só encontra a paz no sono. Jamais nos sonhos. Sempre o mesmo pesadelo: ele sai do banho e o filho desapareceu, ele o procura por toda a casa e quando acorda leva três segundos para se lembrar que o garoto havia morrido. Memória-Dor. Estamos [leia mais]

GÊNERO Ficção
CAPA Julia Masagão e Matheus Sakita
FORMATO 13,5 x 21 x 1,1 cm
PÁGINAS 176 PESO 0,200 kg
ISBN 9788593828508
ANO DE LANÇAMENTO 2018

O que estão falando sobre o livro

“O tamanho do drama e a impossibilidade de entendê-lo, de colocá-lo em palavras, cria também no leitor uma espécie de nó na garganta, do início ao fim.”
Pedro Meira Monteiro, Universidade de Princeton

“O autor escreve sobre a ausência. Sua filha de oito anos morreu. Porém, como se escreve sobre essa menina definitivamente ausente? Ele renuncia à evocação elegíaca do vazio. Procura, ao contrário, responder como é a vida (sua própria vida) depois da morte”
Beatriz Sarlo

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