O livro
Era uma vez uma menina que tinha os cabelos d’água. Ela se chamava Omilayó, e suas águas férteis faziam brotar flores e amaciavam a terra debaixo dos seus pés. Mas Omilayó não podia jogar bola ou brincar de pega-pega, pois molhava todo o chão. Algumas crianças tinham mania de chacoalhar seus cabelos para espalhar água em quem estava em volta. Todos riam, ela não. A menina andava sempre sozinha, e sentia que carregava em sua cabeça todo o peso do mundo. Certo dia, porém, conversando com sua tia, descobriu que não era a única: sua tataravó, como ela, tinha os cabelos d’água e — também como ela — era uma rainha.
O livro
Era uma vez uma menina que tinha os cabelos d’água. Ela se chamava Omilayó, e suas águas férteis faziam brotar flores e amaciavam a terra debaixo dos seus pés. Mas Omilayó não podia jogar bola ou brincar de pega-pega, pois molhava todo o chão. Algumas crianças tinham mania de chacoalhar seus cabelos para espalhar água em quem estava em volta. Todos riam, ela não. A menina andava sempre sozinha, e sentia que carregava em sua cabeça todo o peso do mundo. Certo dia, porém, conversando com sua tia, descobriu que não era a única: sua tataravó, como ela, tinha os cabelos d’água e — também como ela — era uma rainha.