Carlos Eduardo Pereira e seu primeiro livro, ENQUANTO OS DENTES

Veja vídeo em que o autor fala sobre a escrita de seu romance.

Chove. Apesar disso, a mudança já está na caçamba do carreto, sem lugar para o dono dos pertences, que deve pegar a barca na praça XV. Partimos desse pequeno desconforto - que cacete que é se mudar num dia de chuva - para desconfortos maiores e mais profundos. Antonio é cadeirante, gay e está voltando para a casa dos pais: um militar aposentado e uma dona de casa. A viagem na barca se mescla à memória do caminho percorrido até o Rio de Janeiro, ponto final e agora de retorno. Distância externa e interna que deve ser encurtada. Numa prosa precisa e pouco dada a sentimentalismo, ENQUANTO OS DENTES é um belo primeiro romance.


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