Trecho do livro
Aos olhos do público, há dois Silvio Santos: o empresário e o animador de televisão. Menos visível é a terceira versão desse personagem inimitável: a de diretor de programação. Não que ele tenha assumido essa função formalmente em algum momento, mas desde que começou, comprando horários na TV Paulista, em 1960, Silvio sempre julgou conhecer muito bem os humores do público – e frequentemente estava certo.
São do próprio Silvio as ideias mais ousadas, as mudanças mais radicais, as contratações mais surpreendentes na história do SBT. São de sua responsabilidade, igualmente, os erros mais grosseiros, as decisões mais estapafúrdias, as
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Aos olhos do público, há dois Silvio Santos: o empresário e o animador de televisão. Menos visível é a terceira versão desse personagem inimitável: a de diretor de programação. Não que ele tenha assumido essa função formalmente em algum momento, mas desde que começou, comprando horários na TV Paulista, em 1960, Silvio sempre julgou conhecer muito bem os humores do público – e frequentemente estava certo.
São do próprio Silvio as ideias mais ousadas, as mudanças mais radicais, as contratações mais surpreendentes na história do SBT. São de sua responsabilidade, igualmente, os erros mais grosseiros, as decisões mais estapafúrdias, as mudanças mais equivocadas na rede de sua propriedade.
Foi dentro da própria emissora que nasceu uma piada sobre um significado alternativo da sigla SBT: “Silvio Brincando de Televisão”. Passando por cima dos profissionais contratados para cuidar dessas áreas, Silvio construiu internamente a reputação de um gênio indomável, a quem se deve respeito e temor. Suas decisões, inquestionáveis, são muito festejadas quando bem-sucedidas e não merecem comentários em voz alta quando dão errado. O empresário preza a sua intuição e, com base em seu histórico, justificadamente, considera que entende mais do que qualquer um de televisão.